quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Papo de coração e decoraçao



Desde que comecei neste processo de decoração da minha casita ando pensando sobre o estilo de vida que levamos, o luxo e o efeito que ele exerce nas pessoas.
Quando decidi não contratar arquiteto, comecei a pesquisar para conhecer meu estilo, saber o que eu gostava, o que tinha a cara da minha família e me deparei com um mundo de luxo, de coisas muito caras e de muita ostentação e em contra partida descobri pessoas escrevendo e pesquisando sobre reaproveitamento, faça você mesma, personalize, valorize sua história. Tudo aqui em casa foi bolado, desenhado e criado por mim com supervisão de marido.
Lendo por aí descobri que muita gente boa e inteligente tem pensado sobre estas coisas também. Tem um professor de Harvard chamado Roy Chua que pesquisou a influência do luxo nas nossas decisões e suas consequencias psicológicas. Concluiu que quando rodeadas de luxo, as pessoas tendem a focar suas decisões naquilo que é melhor para elas e para seus negócios, não levando muito em consideração o bem estar dos outros ou mesmo os danos que essas decisões pudessem causar as outras pessoas.
Um outro cara chamado André Comte-Sponville, que já foi professor na Sobornne e hoje se dedica aos seus livros e palestras, diz que a nossa geração terá de fazer uma escolha entre o luxo e justiça, entre abundância e a sobrevivência.
Enfim, tenho tentado aplicar na minha vida um estilo mais original e menos comercial, mas sempre com muito charme e beleza porque ninguém é de ferro e eu sou libriana...

Um comentário:

  1. Excelente texto!
    Sou totalmente favorável ao reaproveitamento, ao faça-você-mesmo, às transformações que usam principalmente a criatividade!
    Sou arquiteta e posso garantir que isso não é uma contradição, afinal, no meu entender, isso é exatamente o que os profissionais da minha área deveriam fazer ao invés de se preocuparem com o luxo, em levar clientes em lojas caras para ganhar comissão, em entregarem um produto final que parece um showroom, mas que não tem a alma e a personalidade do dono.
    Para mim, uma boa parte dos arquitetos esqueceu o que é a base da profissão em troca de aparições em colunas sociais.

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